No último sábado Donald Trump foi atingido durante uma tentativa de assassinato (13/1), os Estados Unidos enfrentaram um momento de extrema tensão quando sofreu a tentativa de assassinato durante um comício na Pensilvânia. Embora Trump tenha sobrevivido, uma pessoa morreu e outras ficaram feridas. O atirador foi morto no local.
Especialistas alertam que os EUA chegaram muito perto de uma possível guerra civil. Se Trump tivesse sido assassinado, o nível de violência poderia ter escalado drasticamente, desencadeando uma onda de raiva e frustração que o país não vê há décadas. A tentativa de assassinato reforçou a crença entre muitos apoiadores de Trump, especialmente na extrema direita, de que há um esforço para deslegitimá-los e impedi-los de competir politicamente, além de barrar o retorno de Trump à Casa Branca.
Para a extrema direita, o incidente encaixa-se perfeitamente em uma narrativa que vem sendo construída há meses. Tentativas de assassinato não são apenas sobre eliminar uma pessoa; elas têm objetivos maiores. Muitos veem isso como uma forma rápida e eficiente de resolver disputas políticas sem precisar de longas batalhas.
Trump é visto por seus apoiadores como uma figura única, representando todo o movimento conservador. Sua remoção é percebida como uma solução para os problemas do país. Desde a eleição de Trump em 2016, o movimento conservador passou por mudanças significativas, e o “Trumpismo” — com suas ideias populistas — continua influente no Partido Republicano.
Mesmo que Trump eventualmente se retire da política, suas ideias provavelmente continuarão a moldar o partido. Contudo, essa polarização extrema impede a democracia de funcionar corretamente. A colaboração entre diferentes partidos é essencial para o funcionamento democrático, mas desde a ascensão do movimento Tea Party em 2008, a polarização só aumentou.
Hoje, a política americana está disfuncional. Políticos dispostos a colaborar são excluídos, e os líderes que tentam trabalhar com o outro lado são vistos como traidores. Esse ambiente transforma desavenças políticas em uma guerra, onde a cooperação é quase impossível.
Quando os dois lados veem a política como um jogo de soma zero, onde a vitória de um significa a destruição do outro, não é surpreendente que a violência surja como uma solução para alguns. A insistência de que perder uma eleição é o fim do mundo leva muitas pessoas a tomarem medidas extremas.
Breve Biografia de Donald Trump
Donald John Trump nasceu em 14 de junho de 1946, em Nova York, filho de Fred e Mary Trump. Cresceu no bairro do Queens e desde jovem demonstrou interesse pelos negócios, inspirado pelo pai, um bem-sucedido construtor imobiliário. Trump frequentou a Academia Militar de Nova York e se formou em Economia pela Wharton School da Universidade da Pensilvânia em 1968.
Nos anos 70 e 80, Trump expandiu os negócios da família, investindo em arranha-céus, hotéis e cassinos. Entre seus empreendimentos mais famosos estão a Trump Tower, em Nova York, e o Trump Taj Mahal, em Atlantic City. Trump também se destacou como uma personalidade da televisão, especialmente como apresentador do reality show “The Apprentice”, que aumentou ainda mais sua fama e reconhecimento público.
Em 2016, Donald Trump lançou-se como candidato à presidência dos Estados Unidos pelo Partido Republicano, com uma campanha marcada por retórica populista e promessas de “tornar a América grande novamente”. Contra todas as expectativas, venceu a eleição e tomou posse como o 45º presidente dos EUA. Seu mandato foi caracterizado por políticas controversas, como a construção de um muro na fronteira com o México, a retirada dos EUA do Acordo de Paris sobre o clima e uma abordagem agressiva em relação ao comércio internacional.
Após deixar a Casa Branca em janeiro de 2021, Trump continuou a ser uma figura influente na política americana, mantendo uma base leal de apoiadores e alimentando especulações sobre uma possível nova candidatura presidencial. Mesmo fora do cargo, seu impacto sobre o Partido Republicano e a política dos EUA permanece significativo, com muitos candidatos republicanos adotando sua retórica e estilo de liderança.
Atirador de Trump e os Mortos
O FBI (Federal Bureau of Investigation) identificou o autor do disparo que atingiu Donald Trump como Thomas Matthew Crooks, de 20 anos. O incidente, ocorrido durante um comício na Pensilvânia, resultou na morte de uma pessoa e deixou outras duas gravemente feridas. Crooks foi morto por agentes de segurança após disparar um rifle semiautomático do tipo AR-15.
Detalhes do Incidente:
- Identificação do Atirador: Thomas Matthew Crooks, 20 anos.
- Arma Utilizada: Rifle semiautomático AR-15.
Consequências:
- Uma pessoa morta.
- Duas pessoas gravemente feridas.
- O atirador foi morto por agentes de segurança.
Investigações e Informações Adicionais:
- Motivação: O motivo do ataque ainda não foi determinado.
- Ação Solitária: O FBI divulgou que Crooks agiu sozinho.
- Antecedentes Criminais: Crooks não tinha antecedentes criminais.
- Afiliação Política: Registrado como republicano, mas fez uma doação de US$ 15 para o Progressive Turnout Project, uma organização que mobiliza eleitores democratas, em janeiro de 2021.
- Dispositivos Explosivos: Crooks tinha dispositivos explosivos em seu carro, estacionado perto do comício.
Vítimas e Heróis:
- Vítima Fatal:Corey Comperatore, 50 anos, chefe-voluntário dos bombeiros.
- Ato Heroico:Corey Comperatore morreu ao proteger sua família dos disparos. Sua esposa relatou que ele pulou sobre seus familiares para salvá-los.
- Declaração do Governador: O governador da Pensilvânia, Josh Shapiro, afirmou: “Ele morreu como um herói”.
O incidente está sendo tratado como uma tentativa de assassinato contra Donald Trump, e as investigações continuam para esclarecer todos os detalhes.